Eu ia meter o pau na educação do país. Principalmente depois da divulgação, na primeira quinzena de dezembro, do último relatório PISA – programa Internacional de Avaliação de Alunos - da OCDE referente ao triênio 2007-2009, no qual a terra adorada figura em 53º de 65 países. Mas como estive muitíssimo ocupado, não encontrei tempo de postar uma análise mais profunda do caos vigente. Neste meio tempo, o atual e futuro ministro da educação e cultura, o ilustríssimo Sr. Haddad (para quem o ENEM é um sucesso), divulgou o novo PNE - Plano Nacional de Educação - para 2011-2020 no qual foram estabelecidas 10 diretrizes e 20 metas para o avanço da educação no quintal da mãe gentil, pátria amada Brasil.
É verdade sim, que algumas dessas metas estavam previstas no PNE anterior e não foram alcançadas. Talvez pela sua dificuldade, como a erradicação do analfabetismo na população acima de 15 anos (imagina alfabetizar alguém com 75-80 anos lá no fim do mundo), mas mesmo assim poderia ter-se feito mais.
Contudo meus ânimos para esbravejar contra os governantes se acalmaram. Afinal o próprio ministro reconheceu a necessidade da valorização do docente, que recebe em média 60% menos que outros profissionais com mesmo nível de escolaridade (e o ministro sabe disso). Outros engodos foram agregados à minha aparente calma, como as tais 20 metas possuírem ênfase na valorização do professor, e o piso nacional para o magistério ter sido aprovado na gestão do presidente Lula.
Entretanto o PNE ainda é um projeto de lei e deve ser apreciado pelo Congresso Nacional antes de ter validade. Nestes momentos de fazer com que seja lei, é necessário a mobilização dos interessados no verdadeiro crescimento: Professores, pais, alunos e demais profissionais ligados a educação.
Será que ao menos os professores se unirão?