quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Todos pela educação?

Eu ia meter o pau na educação do país. Principalmente depois da divulgação, na primeira quinzena de dezembro, do último relatório PISA – programa Internacional de Avaliação de Alunos - da OCDE referente ao triênio 2007-2009, no qual a terra adorada figura em 53º de 65 países. Mas como estive muitíssimo ocupado, não encontrei tempo de postar uma análise mais profunda do caos vigente. Neste meio tempo, o atual e futuro ministro da educação e cultura, o ilustríssimo Sr. Haddad (para quem o ENEM é um sucesso), divulgou o novo PNE - Plano Nacional de Educação -  para 2011-2020 no qual foram estabelecidas 10 diretrizes e 20 metas para o avanço da educação no quintal da mãe gentil, pátria amada Brasil.
                É verdade sim, que algumas dessas metas estavam previstas no PNE anterior e não foram alcançadas. Talvez pela sua dificuldade, como a erradicação do analfabetismo na população acima de 15 anos (imagina alfabetizar alguém com 75-80 anos lá no fim do mundo), mas mesmo assim poderia ter-se feito mais.

             
              Contudo meus ânimos para esbravejar contra os governantes se acalmaram. Afinal o próprio ministro reconheceu a necessidade da valorização do docente, que recebe em média 60% menos que outros profissionais com mesmo nível de escolaridade (e o ministro sabe disso). Outros engodos foram agregados à minha aparente calma, como as tais 20 metas possuírem ênfase na valorização do professor, e o piso nacional para o magistério ter sido aprovado na gestão do presidente Lula.
                Entretanto o PNE ainda é um projeto de lei e deve ser apreciado pelo Congresso Nacional antes de ter validade. Nestes momentos de fazer com que seja lei, é necessário a mobilização dos interessados no verdadeiro crescimento: Professores, pais, alunos e demais profissionais ligados a educação.
                   
Será que ao menos os professores se unirão?

2 comentários:

  1. Cara,

    Em primeiro lugar: que orgulho de ler coisas que vc escreve... tentarei conversar com vc, pois acho que não tenho muita cabeça pra isso...

    Com relação ao post, reconhecimento de alguem, por uma situação que já está aí à anos, não é muita coisa não. TODO mundo reconhece que já dava, na atual conjuntura dos fatos, pra acabar com a fome no mundo. Mas, o que vemos não é isso!!!

    Quando Haddad "reconhece" que os professores precisam de uma valorização maior, ele não faz absolutamente nada. É como um professor de cursinho meu dizia na época em que eu fazia pré-vestibular: Se vc ficou entre duas questões na prova de federal, vc é não sabe nada, pois das quatro alternativas, de cara podem-se eliminar duas, só pela leitura do enunciado... por extrapolação, o Haddad reconheceu que 1+1 é igual a 2, que professor neste país precisa ser mais valorizado... ou seja, Clichê!!

    Só de ler as notícias ou até mesmo de conversarmos com um professor, vemos que estão sendo mal valorizados. E mais que reconhecimento, precisamos (já aqui falando como se fosse um, já que faltam apenas 6 meses para tal) é de ação. É de gente que põe o barco pra funcionar.

    Caso contrário, a gente já sabe em qual posição estaremos no próximo relatório PISA... Na sola do sapato!!!

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  2. Amigo, obrigado pela gentileza. Sua resposta é um motivador.
    Realmente a falácia já é conhecida....

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