sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Borboleta-gente

Hoje vi uma borboleta de cor aposemática. Linda! (para um passarinho deve ser suspeito...) Mas assim: Quando pousava, de asas fechadas, era camuflada, tipo amarelo folha seca. Já de asas abertas, era preto com vermelho vivo, vermelho como sangue.
 As pessoas também são assim. Algumas são caladas, introspectivas, acomodadas, imóveis. Outras mais ativas, esbravejantes, engajadas, diligentes. Questão de personalidade ou talvez por um problema ou estado momentâneo.
 Ocorre que algumas parecem tudo junto e misturado, igual a borboleta que vi. (Ôba! Várias emoções!!) Acho que estas se controlam melhor. Sabem a medida que se demonstra ou não o sentimento, a situação, a alegria ou a decepção. Não são só ranzinzas, ou só alegres (faaalsas...), que acabam por entregar/descontar em quem não merece.
 
Ah! E ser aposemático, mostrar a cor do veneno, xingar, é relativamente fácil. Mas e aos seus "benquereres", já mostrou sua cor mais atraente ontem? Hoje?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quem?

Gatíssima!!! Atendendo a alguns padrões de beleza ocidentais, mais a postura e confiança no andar. Num primeiro olhar qualquer um se interessaria. E o melhor: Se permite conversar. Não se acha a dona da cocada rosada (mas com certeza pode ser sócia).

Mas quando as amigas estão por perto, fica diferente. Meio apática. Parece que tem as amigas num apelo à socialização e luta contra a solidão. É como se as amigas não fossem pessoas que gostaria de apresentar.

Se você está conhecendo alguém, o seu passado tem certa relevância, mas não é tão importante como o futuro.
Dizem que os amigos do serviço são uns, os de casa são outros, os do curso ainda outros. Você me apresentaria seus amigos? Se preocuparia com o que diriam de você? Ou teria vergonha de estar com eles?

Há um ditado popular: “Diga-me com quem andas, e eu blá blá blá e blá.”

Diga-me, que espíritos estão a sua volta?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Explicita intenções?

Pois então, claro que todo mundo brinca, se diverte, e uma companhia para essas horas faz maior a diversão, o que é muito bom. O que não pode é estar em dois e brincar sozinho; brincar com o outro.

Já falei alguma vez, assim carta na mesa mesmo: “Hoje é só hoje, não sei de amanhã.” E a garota concordar. Era a dela também.

Por mais que pareça “cafajestismo”, não é. Na verdade estou dizendo antes para não inventar depois que enganei e usei.

Pois é ruim se você está na apreensão, pensando não somente no hoje, mas também no amanhã. Analisando cada trejeito e todas as palavras sem saber que é em vão.

Como já disse um anônimo: “Todo homem ou mulher de verdade vai ver isso: A sinceridade sucumbir frente a mediocridade.” Fazer o quê?!?!?!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ah! O pessimismo otimista do amor (meio poeta deprê)

Você sai. Uma noite como as outras. Somente alguém pra conversar, pois a TV não engana e do livro está com preguiça.

Mas eis que no alvorecer do dia, no alvorecerzinho mesmo porque ainda é 1:00 da manhã, a conversa dá lugar à atração.  Ao vê-la, o flerte é automático, ao que na resposta não resiste e vai ao seu encontro.

Já se conhecendo, aos beijos e abraços, vai percebendo que aquilo não tem futuro. Já logo no início do protocolo de conhecimento vê que não vai dar certo. Pessimismo? Conceito prévio? Cansado de perder tempo?

Mas não. Luta contra o momento de lucidez que lhe sobrevém, afinal por que não dar uma chance ao bem querer? Ao amor? Não lhe ensinaram: Que seja eterno enquanto dure; se entregue e viva com intensidade cada momento....

Sim!!! Cada momento de lucidez no qual você continua ao lado somente para não estar só, a cada conversa sem muito sentido que somente serve para dizer-se que é companheiro, aos lugares que você vai para dizer-se (e dizê-la) que faz teus gostos, a cada abraço e a cada beijo que você bem sabe lá no fundo que já previu o fim.

Ah! Mas será bom, será eterno, será maravilhoso cada momento, que você olha no espelho e diz que resolveu mentir pra si mesmo,

ainda que por um tempo,
pois como o sábio busca a sabedoria, e as abelhas o aroma das flores, sabe que não poderá ficar assim por longo período,

e então se libertará e buscará o querer verdadeiro.

Não o que suprime a solidão, mas o que dá prazer ao ser imaginado; não o que abafa o desejo do corpo, mas o que o provoca mais; não o prazer ligeiro, mas o complemento da alma.