segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ah! O pessimismo otimista do amor (meio poeta deprê)

Você sai. Uma noite como as outras. Somente alguém pra conversar, pois a TV não engana e do livro está com preguiça.

Mas eis que no alvorecer do dia, no alvorecerzinho mesmo porque ainda é 1:00 da manhã, a conversa dá lugar à atração.  Ao vê-la, o flerte é automático, ao que na resposta não resiste e vai ao seu encontro.

Já se conhecendo, aos beijos e abraços, vai percebendo que aquilo não tem futuro. Já logo no início do protocolo de conhecimento vê que não vai dar certo. Pessimismo? Conceito prévio? Cansado de perder tempo?

Mas não. Luta contra o momento de lucidez que lhe sobrevém, afinal por que não dar uma chance ao bem querer? Ao amor? Não lhe ensinaram: Que seja eterno enquanto dure; se entregue e viva com intensidade cada momento....

Sim!!! Cada momento de lucidez no qual você continua ao lado somente para não estar só, a cada conversa sem muito sentido que somente serve para dizer-se que é companheiro, aos lugares que você vai para dizer-se (e dizê-la) que faz teus gostos, a cada abraço e a cada beijo que você bem sabe lá no fundo que já previu o fim.

Ah! Mas será bom, será eterno, será maravilhoso cada momento, que você olha no espelho e diz que resolveu mentir pra si mesmo,

ainda que por um tempo,
pois como o sábio busca a sabedoria, e as abelhas o aroma das flores, sabe que não poderá ficar assim por longo período,

e então se libertará e buscará o querer verdadeiro.

Não o que suprime a solidão, mas o que dá prazer ao ser imaginado; não o que abafa o desejo do corpo, mas o que o provoca mais; não o prazer ligeiro, mas o complemento da alma.

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